A Tribuna Livre da Câmara de Venâncio Aires recebeu na segunda-feira, 10 de agosto, o diretor executivo do Instituto Escola do Chimarrão. Pedro Schwengber utilizou o espaço legislativo para divulgar as ações da entidade, por todo o Rio Grande do Sul. Segundo ele, a proposta de trazer informações dos trabalhos realizados, surgiu em conversa com alguns vereadores. "œÉ um trabalho que ultrapassa os limites do municÃpio e do nosso Estado, sem que muitas pessoas saibam", enfatizou o popular "˜Pedrão"™ na abertura de sua fala.
O diretor enfatiza que a base das ações da entidade é o resgate da cultura da erva-mate, ou seja, os 500 anos do chimarrão. "œO mundo e o Brasil não tomam chimarrão. Por quê? Está faltando alguma coisa. O Brasil e o mundo tomam café e tem menos de 300 anos. Então, nosso trabalho, é fazer com que as pessoas despertem para essa dádiva que é o chimarrão". Pedro Schwengber relata que esse é um trabalho de formiga, desde 1998, iniciado pelo trio Rejane Rüdiger Pastore, Nice e Liliane Inês Pappen.
ONG
Após ingressar no instituto em 2002, Pedrão lembra que em 2004 a equipe conseguiu transformar a escola em uma Organização Não Governamental (ONG), dando personalidade jurÃdica própria a ela, possibilitando ampliar os trabalhos pelo Estado. "œIsso possibilitou que a Polícia Federal nos doasse um à´nibus, que foi muito importante, não só pela mobilidade, mas pelo fato da Polícia Federal ter acreditado em um projeto simples como o nosso".
Desde esse ponto de partida, que já se vão 11 anos, foram relatados pelo diretor um alcance de três milhões de pessoas que receberam orientações e qualificação sobre o tema chimarrão. São 200 municÃpios diferentes visitados em sete estados brasileiros, além de pessoas vindas de 60 países que acompanharam o trabalho. Pedro Schwengber ainda reforçou a importância do médico Oly Schwingel, com estudos sobre o benefício para saúde ao consumir o chimarrão, que pode também ser apresentado nas visitações.
O projeto "˜Mateando nas Escolas"™ também foi ressaltado, destacando a importância dessas informações aos alunos, que posteriormente chegam em casa repassando os ensinamentos aos pais e demais familiares. "œE cada vez mais, dado esse trabalho iniciado em 1998, ele tem provocado que mais gente fale sobre isso. Hoje nós já temos o Ibramate, o Fundomate, o Sindimate e o chimarrão está cada vez sendo mais valorizado".
Parceiros
Outros números mostrados pelo diretor ainda detalham uma equipe de 35 colaboradores envolvidos, cinco veÃculos e um orçamento com despesas anuais de R$ 540 mil, com apoio de empresas. Umas das novidades é a parceria com a Tramontini, onde a Escola do Chimarrão estará junto ao estande da empresa na Expointer em Esteio, com caminhão adquirido recentemente.
"œE estamos em tratativas finais com o Sindimate que contratará o instituto pra divulgar a erva-mate na Expointer", ressalta Pedrão. Até o final deste ano, ainda estão na agenda da Escola do Chimarrão, 102 eventos para participar e em 2016, outros 86 já estão confirmados.